Ao longo da história a hipnose sempre causou no público em geral um misto de curiosidade e fascínio em simultâneo com muitos medos e fantasmas. A hipnose mais conhecida do público - a hipnose de palco - e a hipnose clínica utilizada em contexto terapêutico são realidades profundamente distintas.
Em primeiro lugar ninguém hipnotiza ninguém. Toda a hipnose é auto-hipnose, porque é sempre a pessoa que se permite, ou não, a entrar neste estado modificado de consciência. Cerca de 90% das pessoas na população em geral conseguem entrar neste estado, o que é um número bastante significativo!!
Questões que me colocam frequentemente sobre a hipnose:
O que se sente quando se está hipnotizado?
A maioria das pessoas refere que sente uma óptima sensação de relaxamento físico e mental. De facto, a hipnose pode comparar-se à sensação de sonolência que temos no período de tempo que passamos quotidianamente entre o estado de vigília e o sono ou sempre que realizamos uma actividade em que estejamos muito concentrados como por exemplo a ler um livro interessante ou a ver um filme onde ficamos de tal forma absorvidos que nos alheamos um pouco do que se passa à nossa volta e perdemos a noção do tempo que passou. Estas são experiências de hipnose natural que nos acontecem todos os dias!
Perco a consciência quando estou hipnotizado?
NÃO! A pessoa em está sempre consciente de tudo o que se está a passar. Pode analisar e mesmo rejeitar qualquer sugestão que lhe seja feita. Ninguém o pode hipnotizar contra a sua vontade, nem o forçar a dizer ou fazer algo que não queira porque a sua mente tem mecanismos de defesa que continuam a actuar.
Posso não acordar?
NÃO! Na pior das hipóteses, em que por algum motivo o hipnoterapeuta não despertasse a pessoa, esta entraria em sono normal e depois despertaria espontaneamente tal como fazemos todos os dias. Mas o mais provável é que passados alguns minutos se levantasse e fosse embora, porque sendo a hipnose, sempre uma auto-hipnose a pessoa detém todo o poder e auto-controle para determinar quando entra e quando sai deste estado!
A hipnoterapia pode ser perigosa?
Não, desde que praticada por alguém devidamente qualificado e aplicada em perturbações psicológicas para as quais esta metodologia terapêutica esteja indicada.